terça-feira, 16 de março de 2010

Desejo



Desejo, desejo vago
de ser a tarde que expira,
ser o salgueiro do algo,
onde a aragem mal respira.

Ser a andorinha que voa
E cai, ser o último raio
De sol...e o sino que soa.
Ser o frescor do ar de maio.

Ser o reflexo disperso
Dum ramo n´água pendido,
Fluído e belo como um verso
Que cante mais sem sentido!

Ser o eco distante
Que além se extinque dolente
Ou essa folha que, errante
Ao vento cai, docemente...

Ser o silêncio, essa calma
Breve momento impreciso
Ser um pouco da tua alma...
Um pouco do teu sorriso.

Eduardo Guimarães (1892 - 1928)

10 comentários:

  1. 'Ser o reflexo disperso '

    mt bom ! adorei :D'

    http://gapereira.blogspot.com/

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  2. Parabéns pela poesia....

    Gostei dessa:
    ...Ser o eco distante
    Que além se extinque dolente
    Ou essa folha que, errante
    Ao vento cai, docemente...


    tudo haver...

    Parabéns mesmo, vou continuar lendo os outros...

    Até mais

    http://www.colunasdehercules.blogspot.com

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  3. Desejo, o mais ímpio dos pecados, desejamos tudo e todos, e pensamos neles. ]

    Se der espia:

    http://bloggdoleao.blogspot.com/

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  4. Que lindo o seu blog! Tão romântico. Adorei a poesia.

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  5. Algo como estar no Big Bang antes da explosão... viajei mas é por aí...

    abç
    Pobre Esponja

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  6. curti a poesia, principalmente o último verso... bem profundo mesmo :D

    parabéns pelo sucesso, mano
    abração.

    http://bolajogofc.blogspot.com

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  7. Texto bem escrito :)

    http://techlivre.blogspot.com/

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  8. Gostei do seu blog =)

    http://silly--things.blogspot.com/ comenta no meu =D

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