sábado, 27 de março de 2010

Saudade Orgulhosa



Não sei por onde me procurar
Não sei onde buscar minha voz
Não sei esperar tanto tempo
Mas sei que faço falta
 
Se em silêncio ou ruídos de orgulho
Se em imagens ou lembranças
Se em saudade ou espera
Mas sei que te completo

Que esperar dessa longa espera
Se o coração não espera para bater?
Que esperar dessa longa espera
Se ela me faz querer morrer?


Schuan Terra
24-03-2010

Alexandre



Como pude sem ti tanto tempo viver?!
E esse amor tão verdadeiro demorar conhecer?
Demora as estrelas no céu brilhar?
Demora o toque do sol no mar?

Razante como o vôo da águia
Intenso como o fogo na brasa
Presente como a voz de um anjo
Essencial como respirar

Chegaste silencioso como o vento
Tocaste minha pele como quem toca uma flor
Cantaste em meus ouvidos como a harpa cnta à Deus
Beijaste como beija o pôr do sol a montanha

Sábio tempo que prepara
Pra essa doce alegria,
Acaricia minha alma
Ter você em minha vida 


Schuan
25-03-1010

quarta-feira, 24 de março de 2010

O anônimo


Quem sou eu se sou feita de amor?
Poeta solitário de alma apaixonada
Que ama em linha de saudade
Chorando os sentimentos desse tal,
O amor...

Sou saudade enrustida
Sou razão em despedidas
Sou a voz das estrelas
E o carrasco da solidão

Falo de amor a quem quiser ouvir
Expressando, escrevendo, acalentando
Mas deixo no ar essa pergunta;
Quem sou eu? Se sou feita de amor...


Schuan Terra
24-03-2010

Meu "Eu" poeta


Me perco em perdidas respostas
E me encontro em poemas de paz,
Silêncio que tranquiliza
Que inspira e que faz voar

Momento tão único
Que não troco por nada,
Dom divino no presente
Que enriquece minha alma

Palavras que vem com a calma
E que se montam com paz de espírito,
Que tocam meu coração,
Que me identificam poeta

Me perco na correria desse mundo
Me encontro em você...

Schuan Terra
24-03-2010
12:30 am

terça-feira, 16 de março de 2010

Desejo



Desejo, desejo vago
de ser a tarde que expira,
ser o salgueiro do algo,
onde a aragem mal respira.

Ser a andorinha que voa
E cai, ser o último raio
De sol...e o sino que soa.
Ser o frescor do ar de maio.

Ser o reflexo disperso
Dum ramo n´água pendido,
Fluído e belo como um verso
Que cante mais sem sentido!

Ser o eco distante
Que além se extinque dolente
Ou essa folha que, errante
Ao vento cai, docemente...

Ser o silêncio, essa calma
Breve momento impreciso
Ser um pouco da tua alma...
Um pouco do teu sorriso.

Eduardo Guimarães (1892 - 1928)